sábado, 16 de fevereiro de 2013

Testemunho de Pe Martin


RELATO DE UM CURSO 
DE PASTORAL LATINO-AMERICANA

“Durante os meses de outubro e novembro realizei o curso de pastoral missionária em Bogotá, Colômbia. O instituto onde estudei é o ITEPAL, (Instituto Teológico de Pastoral Latino-Americana), que faz parte do CELAM (Conferencia do Episcopado Latino-Americano). Realizar este curso tem sido muito importante, porque foi tempo de graça, de estudo, de reflexão e de oração. 

    O curso foi dividido em oito módulos, cada um deles era feito em uma semana, com professores diferentes. As aulas iniciavam as 8:00 da manhã e terminavam a 1:00 da tarde.
Os primeiros 4 módulos foram dedicados à história da missão na Igreja desde as suas origens, e à espiritualidade missionária. No primeiro mês estudamos e refletimos sobre a caminhada da igreja latino-americana. As grandes figuras que se colocaram do lado dos índios por serem os mais pobres e explorados. Tal foi o caso dos bispos: Bartolomé de Las Casas, em Chiapas no México, e Turíbio de Mongrovejo no Peru, por mencionar alguns. 

     Estudar e conhecer a caminhada da nossa Igreja Latino-Americana é tomar consciência de uma Igreja que fez e continua fazendo a opção pelos pobres e oprimidos. Isto quer dizer um grande compromisso de luta pela defesa da vida em todas as suas expressões. Como diz o documento de Aparecida ao numero 26, “Iluminados pelo Cristo, o sofrimento, a injustiça, e a cruz nos desafiam a viver como Igreja samaritana recordando que a evangelização vai unida sempre à promoção humana e a autentica libertação cristã.”

Os últimos quatro módulos foram dedicados ao contexto missionário e à pastoral latino americana, tudo isso iluminado pelo documento de Aparecida. Aqui estudamos e analisamos os grandes desafios que enfrenta a nossa igreja Latino-Americana. Hoje em dia temos um fenômeno que é muito desafiador que é a urbanização, devido ao fato que quase 70% da população da América Latina habitam nas cidades. Essa é também uma realidade que vem se dando também nos últimos anos na nossa Amazônia. Por isso surge a pergunta de como evangelizar os camponeses, índios, caboclos, nos seus lugares de origem, mas também, todos aqueles que emigram para as cidades, a procura de melhores condições de vida. 

    É aqui o grande desafio da evangelização hoje em dia. Esta movimentação de pessoas acontece muitas das vezes porque muitas delas são remanejadas de suas terras devido aos interesses das multinacionais, como é o caso das mineradoras e hidroelétricas, que estão invadindo Amazônia, Colômbia e muitas partes da nossa América Latina.
No Curso de pastoral missionária, os participantes fomos 20, de 10 países de América latina (Colômbia, Rep. Dominicana, México, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Peru, Chile, Argentina e Brasil). Isto tem sido uma experiência muito rica, pois estudar juntos uma caminhada de igreja que tem muito em comum faz com que sintamos a alegria de sermos irmãos “latino-americanos”. 

    Escutar as diferentes experiências de outros cantos da nossa América Latina ajuda a que a nossa experiência missionária seja melhor, por que tomamos mais consciência de termos uma historia em comum e uma caminhada de igreja, que se manifesta solidária, reivindicando a sua opção pelos pobres. Como diz o documento de Aparecida, na sua introdução ao numero 4: “O Evangelho chegou as nossas terras em meio a um dramático e desigual encontro de povos e culturas”. As “sementes do Verbo” presentes nas culturas autóctones facilitaram a nossos irmãos indígenas encontrarem no Evangelho respostas vitais às suas aspirações mais profundas: “Cristo era o Salvador que esperavam silenciosamente”. “A visitação de Nossa Senhora de Guadalupe foi acontecimento decisivo para o anúncio e reconhecimento de seu Filho, pedagogia e sinal de enculturação da fé, manifestação e renovado ímpeto missionário de propagação do Evangelho”. Vamos colocar a nossa pastoral nas mãos de Maria a nossa Mãe, para que seu Filho nos dê a força de sermos os seus discípulos missionários”.     
Pe. Martin Mejia sx




Nenhum comentário:

Postar um comentário

A missão é árdua, o caminho é duro, a oposição é grande, mas só os valentes conseguem chegar! Boa Missão Grupo de Oração São Guido