domingo, 16 de agosto de 2015

A Vida Religiosa é um Compromisso Concreto com o Projeto de Jesus!

A Vida Religiosa é questão de vivência, de experiência. É uma atração profunda e também radical para Deus. É uma totalidade afetiva em relação ao Deus que "enche até o fundo a afetividade da pessoa humana". A vida consagrada é "um caminho de especial seguimento de Cristo, para dedicar-se a Ele com coração indiviso e colocar-se, com ele, a serviço de Deus e da humanidade, assumindo a forma de vida que Cristo escolheu para vir a este mundo": a castidade, a pobreza e a obediência. Praticando - estes conselhos evangélicos - a pessoa consagrada "vive com particular intensidade, o caráter trinitário e cristológico que caracteriza toda a vida cristã" (VC 21). 


A Castidade consiste na entrega a Deus de maneira total, sem reservas; constitui um reflexo do amor infinito que une as três Pessoas divinas: "amor testemunhado pelo Verbo encarnado até ao dom da própria vida; amor ‘derramado em nossos corações pelo Espírito Santo' (Rm 5,5), que incita a uma resposta de amor total a Deus e aos irmãos". A pobreza traz o Deus da vida como a única e verdadeira riqueza do homem. "Vivida segundo o exemplo de Cristo que, ‘sendo rico, se fez pobre' (2 Cor 8,9), torna-se expressão do dom total de si que as três Pessoas divinas reciprocamente se fazem". A pobreza é "testemunha de liberdade frente ao mercado e às riquezas que valorizam as pessoas pelo ter". A obediência praticada, à imitação de Cristo, consiste no "fazer a vontade do Pai" (cf. Jo 4,34). Aqui se "manifesta a graça libertadora de uma dependência filial e não servil, rica de sentido de responsabilidade e animada pela confiança recíproca, que é reflexo, na história, da amorosa correspondência das três pessoas divinas". Assim, aqui está a missão da vida consagrada ao que diz respeito aos conselhos evangélicos como dom rico e profundo a ser cultivado a cada dia na sua dimensão trinitária: "amor a Cristo, que chama à sua intimidade; ao Espírito Santo, que predispõe o espírito para acolher as suas inspirações; ao Pai, origem primeira e fim supremo da vida consagrada" (VC 21). No entanto, na dúvida, na obscuridade da fé, a pessoa é chamada a pronunciar sempre o nome de Deus: Fonte de Vida. Deus é tudo! É esta experiência que leva a pessoa a entrar na Vida Religiosa. É questão de vocação, é dom divino que pode e deve ser cultivada pela vida de oração e vida interior. No mais, não podemos perder de vista a missão central da Vida Religiosa: "ser oferta de amor". Essa oferta de amor exprime a totalidade da dedicação da Vida Religiosa ao "Deus do Reino e ao Reino de Deus" (Jo 3,16). 

Fonte: MATOS, Henrique Cristiano José. Vida Religiosa: discipulado consagrado em missão. Ed. O Lutador. Belo Horizonte, 2008. p. 104

ROVIRA, José. Consigli evangelici e vita consacrata. Roma, 2007. p. 386.

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